16/09/2021

Leptospirose: uma zoonose grave negligenciada. A saúde é uma só, é saúde única!

Leptospirose

Leptospirose: uma zoonose de grande importância também para os animais.  

A leptospirose é uma doença infectocontagiosa, zoonótica, que acomete os animais domésticos, silvestres e o homem, causada por representantes do gênero Leptospira spp. Roedores, suínos, caninos e bovinos são potenciais transmissores aos seres humanos.

Análise genômica permite identificação de 14 espécies patogênicas que albergam 25 sorogrupos e aproximadamente 300 sorovares

Com base na análise genômica, são identificadas 14 espécies patogênicas que albergam 25 sorogrupos e aproximadamente 300 sorovares, tornando o diagnóstico clínico e a imunoprofilaxia complexa. Dentre os principais sorovares diagnosticados em animais podemos citar sorovar Bratislava, Pomona, Icterohaemorrhagiae, Grippotyphosa, Autumnalis, Canicola e Hardjo.

 

A doença

Após a infecção, Leptospira sp. atinge a corrente sanguínea (leptospiremia), é nesta fase que ocorre com frequência a forma clínica grave da doença, que cursa com a morte de animais e aborto. Após esta fase, com o estabelecimento da imunidade adaptativa humoral (produção de anticorpos), o agente passa a se localizar no rim dos animais e é eliminado no ambiente através da urina (Leptospirúria), contaminando o ambiente e consequentemente, aumentando a chance de transmissão para o homem.

Os principais reservatórios domésticos são os caninos, equinos, bovinos, suínos, ovinos e caprinos que podem excretar o agente no ambiente na urina, sêmen, descarga vaginal (pós-abortamento), fetos abortados, placenta e leite.

Como uma importante zoonose, a transmissão da leptospirose para o homem ocorre através do contato direto com animais infectados ou água ou solo contaminados, podendo causar casos graves, que inclusive podem levar à morte.

Em caninos observa-se uma forma grave, geralmente aguda, que cursa com leptospiremia grave (presença da Leptospira sp. no sangue) e alta mortalidade, principalmente filhotes até 60 dias de idade. Para suínos, bovinos, ovinos, caprinos e equinos a principal consequência são os quadros reprodutivos, associados ao nascimento de filhotes fracos, natimortos e aborto, principalmente no terço final da gestação, decorrente à leptospiremia fetal pela passagem da Leptospira sp. através da barreira placentária;

O diagnóstico

O diagnóstico da leptospirose em bovinos, suínos, caninos, equinos, ovinos e caprinos, segundo a Organização Internacional de Epizootias (OIE), deve ser realizado através da soroaglutinação microscópica (MAT). A técnica de MAT permite identificar o sorovar de Leptospira sp. associado à infecção e determinar o título sorológico e inclusive avaliar a soroconversão vacinal, no caso de vacinação.

Apesar de não existir obrigatoriamente uma relação entre título sorológico e infecção, tradicionalmente considera-se que, em áreas endêmicas, animais com títulos acima de 200 apresentam evidência de infecção recente. Outro teste sorológico empregado é o ELISA, que detecta anticorpos da classe IgM, entretanto, é menos sensível que o MAT e não permite identificar os sorogrupos envolvidos.

Nos casos de leptospirose aguda, o diagnóstico pode ser realizado através da detecção da Leptospira sp. pela PCR ou através do exame direto, através por microscopia de campo escuro utilizando amostras de urina ou sangue de animais doentes e tecidos ou conteúdo gástrico de fetos abortados;

Controle, tratamento e prevenção: o controle da leptospirose depende primariamente do rápido diagnóstico, para que seja iniciado o mais rapidamente possível o tratamento com antibióticos, fundamental para a recuperação do animal e impedir a eliminação de leptospiras através da urina, sêmen e secreção vaginal.

A vacinação para leptospirose, apesar de ser a principal estratégia de prevenção, deve obrigatoriamente contemplar os sorovares circulantes na região, visto que, a imunidade cruzada entre sorovares nem sempre ocorre. Mesmo assim, a vacinação reduz a gravidade da doença, mas não impede o desenvolvimento do estado de portador crônico dos animais e a leptospirúria (eliminação da Leptospira sp. na urina).

O VERTÀ – Laboratório Veterinário realiza o ensaio de soroaglutinação microscópica (MAT) preconizado pela OIE para todas as espécies animais, além de realizar o exame direto do agente em microscópio de campo escuro e PCR para detecção de Leptospira sp. Entre em contato conosco!

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