Histopatologia: pontos importantes em relação ao processamento histológico
A histopatologia é um método diagnóstico que permite caracterizar processos inflamatórios e diagnosticar doenças infecciosas, degenerativas, autoimunes e neoplásicas a partir das alterações celulares e teciduais
A histopatologia pode ser realização em fragmentos de órgãos ou tecidos coletados em Biópsias (animal vivo) para o diagnóstico de neoplasias e doenças cutâneas e em Necropsias (após o óbito do animal) para investigar a possível causa da morte. Ao requerir um exame histopatológico é importante informar no formulário de requisição o histórico clínico detalhado do animal, os sinais clínicos e o tempo de evolução da doença.
Todos os órgãos ou tecidos destinados à histopatologia devem ser fixados em solução de formol a 10% tamponado por pelo menos 24 horas para evitar a proliferação de microrganismos decompositores e manter intacta a estrutura tecidual e celular
A boa fixação em formol a 10% é fundamental para o correto processamento histológico. Alguns critérios devem ser seguidos para evitar a má fixação e consequente atraso no processamento laboratorial, tais como: tamanho dos fragmentos, quanto menor o fragmento mais rápido é a fixação do tecido, e quantidade de formol a 10%, deve-se respeitar a proporção de 10 parte de formol para uma parte de tecido.
O processamento histológico
É um processo complexo e demorado, pois o tecido deve ser cortado em fragmentos extremamente finos capazes de permitir a passagem de luz no microscópio óptico.
De forma geral, na histopatologia o processamento histológico consiste em 5 etapas: análise macroscópica e clivagem, processamento tecidual, microtomia, coloração e montagem das lâminas e análise do patologista.
Análise macroscópica e clivagem
A análise macroscópica compreende aferir o(s) tamanho(s) do(s) fragmento(s) e, se houver, dos nódulos, a coloração externa e interna, o aspecto, a consistência do material e a presença de cavidades císticas ou ulcerações. Em seguida, um fragmento representativo é clivado e alocado em um cassete histológico com a identificação da amostra.
Processamento tecidual
Consiste em três etapas (desidratação, diafanização e inclusão em parafina) realizadas em equipamento denominado de histotécnico, cujo o objetivo principal é tornar os fragmentos rígidos para o corte em fatias finas.
Microtomia
Consiste na realização de cortes finos e uniformes a partir do material emblocado em parafina. Para isso, é utilizado um micrótomo capaz de realizar cortes de 3 a 5 micrômetros de espessura.
Coloração e montagem das lâminas: a coloração normalmente utilizada na histopatologia é a de Hematoxilina & Eosina (HE), sendo a hematoxilina (corante básico) responsável por corar o núcleo em roxo e a eosina (corante ácido) em corar o citoplasma e matriz extracelular em rosa. Após a coloração, a lamínula é presa sob a lâmina com auxílio de goma de damar ou resina líquida.
Análise do Patologista
Aleitura das lâminas é um processo criterioso realizado por um médico veterinário patologista com conhecimento de histologia e vasta experiência no diagnóstico histopatológico de doenças em animais. Devido à grande diversidade de doenças, a leitura requer tempo, pois o patologista precisa identificar os tipos/linhagens celulares presentes e caracterizar o perfil das lesões encontradas. Por fim, o histórico e a suspeita clínica presentes na requisição juntamente com a descrição macro e microscópica, diagnóstico do patologista e comentários técnicos são compiladas para elaboração do laudo.
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