16/09/2021

Diagnóstico da Bucelose Bovina

A brucelose bovina é uma importante zoonose de distribuição mundial

As principais formas de transmissão da brucelose para o homem ocorre por meio da ingestão leite ou produtos lácteos não pasteurizados, assim como, auxílio ao parto ou contato com aborto e placenta sem luvas.

 

A brucelose bovina é causada pela bactéria Brucella melitensis subespécie abortus ou simplesmente Brucella abortus

As Brucelas são cocos gram-negativos, imóveis, aeróbios ou microaerófilos. Com base na estrutura da parede celular, as Brucelas podem ser classificadas em lisas e rugosas. Essa classificação é importante, pois há diferenças antigênicas e consequentemente no diagnóstico entre os dois grupos. Brucella abortus, B. melitensis e B. suis são lisas e possuem reação cruzada entre elas. O mesmo ocorre com as espécies rugosas B. ovis e B. canis, que apresentam reação cruzada entre si.

 

Sinais clínicos

Em bovinos a brucelose causa primariamente aborto principalmente no terço final de gestação, principalmente na primeira gestação após a infecção. Como os animais podem desenvolver uma resposta imune celular e humoral e manter a infecção sob controle, mas não eliminam o agente, em gestações subsequentes as vacas podem parir normalmente, mas continuam a eliminar brucelas pelo leite e/ou por descargas uterinas.

Touros com brucelose bovina excretam as bactérias no sêmen. Neste caso a inseminação artificial com sêmen de touro infectado é uma importante forma de transmissão, pois o sêmen é depositado no interior do útero. Na monta natural, a transmissão do touro para a vaca é rara, entretanto, a vacas infectadas podem transmitir a doença para os machos.

 

O diagnóstico

O diagnóstico oficial da brucelose bovina, deve ser realizado conforme o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) juntamente com os órgãos de defesa sanitária animal estaduais, que determinam os métodos diagnósticos e as medidas a serem seguidas em todo o território nacional para saneamento e controle da enfermidade. Dentre os testes estabelecidos pelo PNCEBT estão o Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), um teste de triagem e o 2-Mercaptoetanol (2-ME), um teste confirmatório, realizados a partir do soro dos animais. Além disso, pode-se em algumas situações realizar teste de ELISA e o teste do anel em leite.

Na rotina de diagnóstico clínico, outros testes/exames como cultura bacteriológica e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) também podem ser utilizados para identificação e detecção da Brucelose a partir de abortos, exsudatos uterinos, placenta, leite, sêmen, dentre outros.

O VERTÀ – Laboratório Veterinário realiza diagnóstico de brucelose bovina através dos ensaios de AAT e 2-Mercapetanol credenciados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Em 2020, foi lançado pelo VERTÀ – Laboratório Veterinário o Programa Brucelose Zero com o objetivo colaborar e ajudar no processo de certificação das propriedades livres de Brucelose e Tuberculose, além de cumprir a Instrução Normativa nº77 de 26 de novembro de 2018 do MAPA e a Portaria SAR n°16/2020 de 04 de junho de 2020 da CIDASC. Entre em contato conosco!

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