Brucelose Ovina: o que muda em relação à Bovina?
A brucelose ovina, também conhecida como epididimite infecciosa ovina, é causada pela Brucella melitensis subespécie ovis, chamada corriqueiramente de Brucella ovis
A primeira diferença da brucelose ovina em relação à brucelose bovina (Brucella abortus) é evidenciada na estrutura da parede celular do agente etiológico, sendo a Brucella ovis rugosa e a Brucella abortus lisa. Conhecer essa particularidade é importante, pois as Brucelas lisa e Brucelas rugosas são antigenicamente distintas, não havendo sorologia cruzada no momento do diagnóstico.
Na brucelose ovina os machos (carneiros) são mais suscetíveis à infecção, enquanto as fêmeas bovinas (vacas) são mais sensíveis à brucelose bovina.
Os sinais clínicos atrelado à brucelose ovina são restritos ao sistema reprodutor dos animais, a qual se observa epididimite uni ou bilateral normalmente crônica com consequente diminuição da fertilidade dos machos e cervicites, endometrites e abortamentos esporádicos nas fêmeas.
O diagnóstico
O diagnóstico da brucelose ovina é baseado no exame clínico associado a confirmação laboratoriais. No exame físico, os carneiros com infecção crônica normalmente apresentam testículos atrofiados e macios e epidídimos aumentos de volume e endurecidos.
A detecção da Brucella ovis no laboratório pode ser realizada através da cultura bacteriológica e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) de sêmen, secreções genitais, testículo e epidídimo após a castração, placenta, fetos abortados, dentre outros.
A detecção de anticorpos contra Brucella ovis pode ser realizada por imunoensaios enzimático (ELISA), imunofluorescência indireta, imunodifusão em gel de ágar (IDGA) e fixação de complemento. A infecção em ovinos por brucelas lisas, como a Brucella abortus comum em bovinos, pode acontecer em menor grau. Desta forma, os mesmos testes de Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e de 2-Mercaptoetanol (2-ME) empregado em bovinos podem ser utilizados em ovinos para descartar essa possibilidade.
O controle
O isolamento e abate de animais com brucelose ovina é fundamental para controle efetivo da doença, assim como a brucelose bovina. O tratamento não é viável, pois é dispendioso e muitas vezes ineficaz. Na aquisição de animais e antes da estação reprodutiva recomenda-se realizar exames clínicos nos carneiros e exames sorológicos em todos os animais para evitar disseminação da doença no rebanho.
O controle efetivo da doença baseia-se na identificação dos animais positivos. Desta forma, o VERTÀ – Laboratório Veterinário disponibiliza testes sorológicos, como o ELISA para Brucella ovis e o AAT e o 2Mercaptoetanol para Brucella abortus, além de cultura bacteriológica e PCR para pesquisa do agente. Entre em contato conosco!